quinta-feira, agosto 16, 2007

CSQ em mãos!!!

Sim!!! Conseguimos!!! Nosso CSQ está aqui do meu lado enquanto escrevo... Aí vai o relato da nossa entrevista, desculpem a demora,mas queria escrever o mais detalahdo possível. Obrigada a todos que torceram, todos que rezaram por nós, mas meu maior obrigada vai para o meu marido: Flávio, sem toda sua pesquisa, dedicação e puxões de orelha que recebi de você jamais teríamos conseguido terminar essa etapa de nossa imigração, obrigada por ser tão centrado e determinado!!!



Relato - parte 1:


Graças ao M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O trânsito de São Paulo e a minha preguiça de acordar as 6 da manhã chegamos ao Hotel Crowne Plaza as 8:45 hs. Durante o trajeto, fui fazendo as perguntas que recebi da Ècole Québec e respondendo em voz alta (impressionante como em 7 ou 8 perguntas elas conseguiram sintetizar todo o projeto e as perguntas que poderiam ser feitas na entrevista, parabéns mais uma vez à Catherine!!) enquanto o Flávio tentava ouvir sobre o trânsito na rádio e prestar atenção às minhas respostas ao mesmo tempo.
Ao chegar ao hotel, respirei fundo, dei a mão a ele e entramos no saguão. Falamos com a recepcionista que nos informou que poderia nos anunciar apenas quando faltasse 5 minutos pra nossa entrevista. Sentei num sofá sem encosto, estava muito tensa para simplesmente relaxar. Liguei para minha mãe e avisei que estávamos no hotel já, enquanto o Flávio ia ao banheiro lavar as mãos. Se me perguntarem como era o saguão de lá, só posso dizer que havia um relógio grande de ponteiro atrás da recepção, que eu fiquei checando para não perder a hora.
Enfim o ponteiro maior chegou ao 11, levantei, pegamos nossas coisas e fomos novamente ao balcão. Assim que fomos anunciados recebemos a liberação para subir, 15º andar... Que lerdeza de elevador!!! Não chegava nunca... Ao abrir a porta já vimos uma folha sulfite colada na parede indicando o lado onde estava a sala da entrevista, ao chegar de frente dela, mais um papel pedindo que esperássemos até sermos chamados. Sem cadeiras nem nada, ficamos em pé no corredor, só esperando... Finalmente Monsier Carl Teixeira veio ao nosso encontro, um homem jovem (32/33 anos eu diria), franzino e de cavanhaque. Perguntou se eu era Daniela e pediu que entrássemos.
A sala era comprida lateralmente, com uma mesa de 10 lugares e um aparato de impressoras e aparelhos de fax do lado direito da sala. Em cima da mesa, um notebook e uma pequena impressora,além de um monte de papéis.
Ele começou pedindo a confirmação de nossa entreviste nossos passaportes, minha sorte foi que o Flávio entendeu o segundo pedido dele, senão já ia começar mal minha entrevista com um “Perdon, je ne compri pas.”. Enfim, entreguei o meu e o do Flávio enquanto ele começava a se apresentar e a explicar o que estávamos fazendo lá, tipo, que era uma entrevista pois havíamos feito uma demanda de imigração para o Quebec e precisavam checar os documentos e ver a viabilidade de nossa imigração. Ainda bem que ele não falava muito rápido, pois consegui entender tudo que ele dizia... Ele perguntou se tínhamos alguma dúvida ou ponto a ser levantado, aproveitei para entregar o passaporte do João Vítor (ele só tinha pedido o dos dois).
Começou confirmando meu nome e sobrenome, pediu que eu disse minha data de nascença e confirmou meu local de nascimento e meu endereço atual. Passou ao Flávio, só que ao invés de apenas confirmar, ele pediu que o Flávio dissesse seu nome, data e local de nascimento. Perguntou se era primeiro casamento de cada um e se vivíamos juntos. Depois passou para os dados do João, perguntou-me o nome e data de nascimento do nosso baixinho, depois perguntou para quando era o bebê, respondi que nasceria em setembro.
Me perguntou se eu havia estado no Canadá e o porquê desta minha visita, eu disse que passei um mês em Montreal estudando francês, ele fez uma cara de aprovação e continuou escrevendo algo no notebook enquanto imprimia uma folha. Fiquei curiosa, dei uma olhada e vi que era alguma coisa ligada a documentos que precisavam ser apresentados. Ele perguntou se o Flávio foi junto para Montreal, respondi que não. Daí passou para outra parte do formulário que respondemos, perguntou se já havíamos feito alguma demanda de imigração ao Canadá, se já havíamos pedido asilo lá e se havíamos morado em algum país que não fosse o Brasil.
Pediu então meu diploma e histórico escolar, confirmou que era uma universidade pública e, quando viu que era engenheira, disse que precisava do termo assinado sobre as profissões regulamentadas no Canadá, gafe nossa!, não fizemos esse documento pois eu não trabalho mais como engenheira! Ele me passou um e pediu que eu preenchesse e assinasse. Pediu a mesma coisa do Flávio. Não perdeu nada de tempo em cima destes documentos, passou os olhos e boa!
Um período de silêncio, onde esperamos ele escrever algo no notebook. Depois pediu nossas carteiras de trabalho. Perguntou o que eu fazia na IBM, depois pediu para ver meu certificados de cursos, o ITIL Foundations e o Practitioner, ele continuou sem entender muito bem o que eu fazia até eu dizer que trabalhava na parte mais administrativa e de qualidade. Depois passou para o segundo emprego, que trabalhei como engenheira, perguntou o que eu fazia e porquê eu havia mudado de profissão. Por último, questionou meu estágio muito longo, disse que dava aulas de inglês para me sustentar durante a faculdade e ele entendeu que não tinha nada a ver com a engenharia. Passou então para o Flávio, brindou um pouco sobre ter problemas com CITRIX e deu uma olhada rápida nos certificados dele.
Pediu os comprovantes das horas de aula de Francês, perguntou quantas horas eu tinha feito no total (230 no meu caso). Escreveu mais um pouco no notebook e disse que, como eu havia ficado um tempo no Quebec e como não apresentava problemas coma língua, que estava me classificando como “francofone”, o alívio dominou meu corpo naquele momento. Sabíamos que eu precisava ser avaliada como francês intermediário para que nossa pontuação fosse suficiente para passarmos. Bom, ele não tinha como dizer que eu era francofone e me dar um DEBUTANT no francês, ... Pegou a comprovação do Flávio, deu uma rápida olhada e voltou a falar comigo.
Avisou que estaríamos passando para o inglês e me perguntou o que eu faria no Quebec com relação a trabalho. Nossa, meu coração quase explodiu de felicidade! A pergunta mais chata de todas ele fez em inglês, que sou fluente. Mostrei as ofertas de trabalho, ele olhou uma a uma brevemente, depois disse que todas eram bem elevadas, eu num acho, mas... ele tinha que fazer a famigerada pergunta, de novo em francês, “E se você não conseguir um emprego como esses, o que vai fazer?”. Eu disse que poderia trabalhar como qualquer coisa, até mesmo validar meu diploma de engenheira, foi aí que eu me ferrei, eu não sabia direito o que precisava fazer, nunca pensei em validar o diploma pra trabalhar como engenheira... Sorte que o Flávio sabia e me ajudou. Foi aí que mostrei o Project pra ele, ele ficou impressionado, pois todos os passos futuros estavam lá.
Quando chegou na hora do Flávio, ele começou a falar que seria muito difícil conseguir um daqueles empregos por que a área de TI requeria um diploma universitário, mas logo parou e se corrigiu, pois tomamos o cuidado de colocar apenas ofertas de trabalho que pediam somente experiência na área, nada de diplomas. Ele falou sobre a importância de um diploma mais uma vez.
Outra pausa silenciosa onde ele escrevia em seu notebook. Perguntou se tínhamos alguma dúvida, nisso estávamos com mais ou menos 40 minutos de entrevista. Perguntou mais algumas coisas para mim sobre qualidade e começou a imprimir uns papéis. Quase pulei da cadeira!!! Já ia começar a passar as coisas para mim quando se lembrou e disse que já havia tomado sua decisão e de tínhamos sido aceitos para imigrar para o Quebec. Agradeci aliviada e olhei para o Flávio, me segurei pra não chorar ali...
Explicou quais os próximos passos que deveríamos tomar, o que precisamos fazer para colocar o Gabriel no processo (a primeira folha que ele tinha imprimido era sobre isso), nos disse o que deveríamos fazer ao chegar a Montreal (procurar o MICC já no aeroporto).Começou a falar sobre as crianças, qual a melhor data para chegarmos e que havia uma fila de espera para a garderie. Eu disse que já havíamos planejado tudo isso e que, como estava escrito no project, eu e o Flávio iríamos na frente, já adiantaríamos os documentos das crianças e, assim que conseguíssemos a vaga deles na garderie a gente volta pro Brasil para irmos todos de uma vez para lá. Ele gostou da idéia. Falou mais um pouco sobre como proceder daqui pra frente, o telefone tocou e ele mandou subir o próximo candidato. Nos acompanhou até a porta, nos deu boa sorte e me desejou um bom parto e assim terminou nossa entrevista.
As impressões que tive: Monsier Carl Teixeira é super educado, gosta de seguir o processo e das coisas certinhas, por isso foi bom ter tudo bem organizado para que entregássemos rapidamente tudo que ele pedia; até esboçou alguns sorrisos, mas você pode ver que ele leva seu trabalho a sério e gosta de manter uma certa distância dos candidatos; para nós não foi pedido imposto de renda ou qualquer coisa do tipo, a entrevista foi muito rápida e sucinta. Na verdade, foi realmente muito tranquila, não precisamos falar muito, o que não deu muita margem a erros de francês ou os famosos “brancos”. Foi tudo realmente ótimo, basta vocês estar bem preparado e responder apenas o que lhe for perguntado, nada de querer fazer gracinhas ou brincadeirinhas, mantenha a mesma distância que ele e trate tudo aquilo como trabalho. Seja sempre breve e firme nas suas respostas, assim ele mesmo acaba terminando algumas frases ou raciocínios pra você (o que é realmente ma mão na roda...).
Esse foi meu relato. Não sei se o Flávio tem alguma coisa a acrescentar, mas se tiver, sei que não vai deixar de escrever aqui para poder ajudar todo mundo.
Um grande beijo a todos!!!

terça-feira, agosto 14, 2007

Bom, é amanhã

Enfim, o dia chegou. Muito esperado no início, mas agora eu fico pensando "Bem que poderiamos ter ficado pro final do mês...". Muito pouca gente relatou sua entrevistas na lista, o que me deixou triste com a galera, poxa, ninguém pensou em ajudar os desesperados aqui?!?!?
Mas enfim, nosso dia chegou. Ontem organizamos a pasta novamente, catalogando tudo que tinha lá dentro e por ordem de posição. Foi bom para revisar se estamos levando tudo. Hoje iremos para São Paulo, vamos dormir na casa da minha avó e acordar cedo amanhã de manhã.
O mais impressionante é que estou conseguindo dormir a noite!!! Com certeza o João Vítor e o cansaço do final a gravidez do Gabriel estão ajudando e muito nesta façanha. Para ser franca não estou muito nervosa (hoje! amanhã lá na hora são outros 500...), o preparatório na École Québec foi muito bom mesmo (recomendo a TODO MUNDO!!!) e a pasta está mais do que pronta com tudo que ele possa vir a pedir (project, mapa, empregos, escola, carros, casas, documentos, etc...).
Espero e rezo por ter boas novas amanhã para contar neste Blog. Nossa velinha já está acesa aqui em casa, agora é com a gente...

Beijos